sábado, 29 de julho de 2017

Arte Política


 Há 18 anos, Movimento Social Realizava Exposição Histórica

 

                   Em 30 de julho de 1999, o movimento  Patu 2001 realizou a exposição: “Patu Além do Turismo Romeiro”, na CLINIVIVA - Pronto Atendimento em Saúde Mental, bairro Barro Vermelho, em Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Convite exposição
 
 
           Presente ao evento, o artista plástico Ricardo Veriano Fernandes expôs a tendência histórico-cultural  do turismo patuense ao som da  música de Neemias Lopes e Paulo Sarkis.
Zé Pequeno e Ricardo cantarolando a corujinha (música de domínio popular)
 
Carlinhos Zens, Paulo Sarkis em 1999
 
 
             Essa Tendência ficara marcada pela retomada  dos trabalhos de resgate da história e preservação da memória do cangaço de Jesuíno Brilhante (1944-1979), e seu bando contra família Limão iniciados com as pesquisas para elaboração da revista Igapó da Fundação Cultural  José Augusto/RN sobre Jesuíno Brilhante, em 1981, por Emanoel Cândido do Amaral , Aucides Bezerra de  Sales e Luiz Elson.



  
Revista Jesuíno Brilhante (1987)
 

                                                          
 Revista Jesuíno Brilhante

Cartilha Jesuíno Brilhante
 
 
                      As atividades da retomada culminaram com várias produções anuais do espetáculo teatral “ O Auto de Jesuíno”, em Patu/RN; com a dissertação de mestrado Lugares de Memória: Jesuíno Brilhante e os testemunhos do cangaço nos Sertões do oeste potiguar e fronteira paraibana (João Pessoa/PB, UFPB), da professora Lúcia Maria de Souza Hollanda;  com a edição de duas novas revistas sobre Jesuíno e com  o ensaio historiográfico  A Saga dos Limões- Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante (2011), do médico psiquiatra e sanitarista Epitácio de Andrade Filho, fundador  do movimento.

Dissertação sobre Jesuíno Brilhante
 
 
Capa de A saga dos Limões
 

              Desse evento efêmero-itinerante, a psicóloga Sheylla Maria Moura Rodrigues, especialista em psicoterapia de família e casal, pela  Universidade de Bruxelas, capital da Bélgica, na Europa ocidental aceitou o convite do sindicalista Genésio Neto Pola Pinto para conduzir uma reunião com usuários e familiares atendidos no hospital geral de Janduís, aonde foi apresentado um projeto sobre a realização de encontros para tematizar os campos da radiodifusão comunitária e saúde mental coletiva no médio-oeste potiguar, que vieram a ser realizados nos anos seguintes: O primeiro, em Janduís, no ano de 2000; O segundo, em Patu, em 2001, no Santuário ecológico da serra do Lima; O terceiro, em Martins, no ano de 2002, que contou com a participação dos integrantes do programa “porque hoje é sábado” da radio rural de Caicó, no Seridó potiguar ocidental; O quarto encontro de saúde mental e radiodifusão comunitária do médio-oeste passou para o alto-oeste foi realizado na cidade de Rafael Fernandes.     


Dra. Sheylla Rodrigues em Janduís


 

Santuário do Lima óleo sobre tela

 
            Naquele...

 
 

           Há 18 anos, no sopé da serra do Cangaíra, na zona rural de Messias Targino, no médio-oeste potiguar, a arte contemporânea do artista multimídia Jota Medeiros era apresentada a agricultores familiares. A obra? Os 100- terra

 
Pola( de boné), Epitácio e agricultores familiares com "Os 100 terras" de Jota Medeiros
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 16 de julho de 2017

Katu



         Entre Canavial e resquícios de Mata Atlântica, indígenas do Katu resistem com Resiliência

 
Avanço do canavial e Mata Atlântica


            Na margem do Rio Katu, fronteira dos municípios de Goianinha e Canguaretama, no agreste e Litoral Sul do Rio Grande do Norte, os remanescentes da etnia potiguara retiram da vivência das dificuldades cotidianas a sabedoria para resistir com resiliência.

 
Rio katu



     No território, vivem da agricultura familiar e plantam abacaxi.

 
Agricultura familiar


            Vivenciam um conflito existencial: De um lado defendem a preservação da mata Atlântica, por outro sofrem com a ameaça da indústria sucroalcooleira, expandido o canavial e estendendo as torres de celular. 


Placa de acesso na BR 101 e torre de celular


          Como canta Baby do Brasil: O índio é incapaz de poluir o rio e o mar, por isso o Rio Katu é preservado limpo, como Zeus criou, do território até a sua foz que separa o "quilombola" de Sibaúma, em Tibau do Sul da Praia de Barra de Cunhaú, em Canguaretama. 


Foz do rio katu


O indígena Vando preserva o culto à Jurema Sagrada.

 
Agente de endemias Vando

Ritual da jurema sagrada


 Na escola da comunidade é ministrado tupi-guarani.


Vando, Epitácio Andrade, prof. de tupi e visitantes




        A comunidade preserva uma oca para acolher os visitantes. Durante a tradicional festa da batata, os índios dançam o secular Toré.

 
Dança milenar do toré

Oca no katu